18.3.08

essa fase do cabelão me lembra certas coisas bobas que um dia foram tão incríveis e grandiosas na minha vida:

tubão com cachaça bola oito.

petula clark (downnnnnntown!).

o dia que eu briguei com o meu primo e derrubei ele na fonte, e eu fiquei nervosa e comecei rir igual uma descontrolada e ele ficou MEGA puto merecidamente, e eu me senti super mesquinha e má. (tudo começou pq ele jogou minha fitinha K-7 da Janis Joplin na dita cuja da fonte que ele acabou indo parar - uma gravação ao vivo MAIOR foda de achar, ou era, naqueeeela época.

hollywood vermelho. (eca) minha mãe achou um dos maços na minha bolsa um dia e me levou no psicólogo. O psicólogo (por obra do destino, hoje grande amigo meu), vira pra minha mãe e aconselha ela a comprar um cigarro light pra mim, afinal, tão jovem e já fumando cigarro forte desse jeito?

cefet. (eu fiquei matriculada no colégio por 2 anos e compareci a menos de 2 semanas de aula), fiz umas das orientadoras chorar (tudo no discurso punk, do "eu não vou baixar a cabeça e fazer o que os adultos acham certo", e a outra a comemorar quando eu finalmente fui buscar minha transferência. Ela mesma foi me entregar os papéis e disse NA-MI-NHA-CA-RA que finalmente estava se livrando das maçãs podres da escola.

E, antes de eu sair tinha a professora de literatura que me adorava, e no fim do ano (outubro), ela convenceu TODOS os professrores que se eu fosse pra aula sem faltar e me dedicasse, eles me passariam de ano em conselho de classe, mesmo com nota só no último bimestre (nesse ano inteirinho eu tinha feito só 2 provas que eu tinha tirado menos de 4, ou seja, eu estava reprovada há séculos). Mas é claro que eu não fui.

PEE GIRLS! Minha primeira banda, eu tocava com uma guitarra para destro emprestada (eu sou canhota, toco igual o kurt e o paul tocavam - é, eu adoro conspiração, e pra mim ele morreu SIM, o divorciado é CLONE!), virada ao contrário. A gente ficava indo no shopping, onde tinha um barzinho e um carinha tocando violão, e ficava enchendo o saco do cara pra ele deixar nós tocarmos umas músicas aí, até o dia que ele deixou e a gente mandou Violet do Hole e Pennyroyal Tea (versão Kurt com Courtney pq a gente era tudo bootlegger e comprava todos os discos piratas "ultra rare trax" dos grunges que a gente amava tanto.

cafe beatnik era pura alegria.


liana e claudia metaleiras (hahahah)

gardenal (o menino grunge que parecia o kurt cobain versão ruiva, que eu e a mari éramos apaixonadas, que chamava todo mundo de trouxa, e que atualmente é menino maromba ou viciado em crack, ninguém sabe ao certo, pq ele sumiu)

maria do boteco (a novela mais foda do mundo)

MARLIANAS PRODUCÕES (Maria do Boteco, o Gibi do Tonhão- primo do Anthony Kieds, isso era coisa da Liana e da Mariana que estudavam no mesmo colégio, mas eu acompanhava, dava dicas, lia, até ganhava edições, além de esporadicamente participar como personagem - , e diversas propagandas como Hemovirtos para Hemorroidas, e tinha a novela que a Liana vinha do interior curtindo um pagode e eu Marina, a prima descolada total Madonna desperatly seeking susan, apresento ela pro cowboy dançarino MarianO, mas na verdade ele é gay). O pior de tudo, é que a gente mal bebia, então tudo isso vinha de cabeças SÓBRIAS.

Tomar vinho no Largo da Ordem, sentada no chão, tipo, amiga dos mendigos mesmo.

Tardes na gibiteca.

Simone de Beauvoir. Eu achava que entendia tudo e na verdade não entendia porra nenhuma, mas ela era pra mim a mulher mais foda de todas que um dia já tinha pisado no planeta. Eu lia e relia os mandarins e pensava em como era foda acreditar no ser humano (te juro que já pensava isso), se logo depois da segunda guerra a galera geral já sabia que o comunismo era tão balela e sacana quanto o capitalismo, e o nazismo e o fascismo, e que anarquia era legal, mas eu só conhecia punk burro que tatuou o A no cu, que se dizia anarquista, então era meio broxante acreditar na fita. mas eu AMAVA debater sobre os ismos, e a Simone né? Feminista sem odiar homem, casada com um cara tão massa quanto ela. Eu ainda gosto dela, mas não consigo ler sem desvincular das minhas impressões adolescentes.

e as cartas. eu tinha UMA correspondente. Barbara Johns me contava vários bafos pra sua amiga Marina Cobain.





enfim. vou terminar de redecorar o quarto. e só pra avisar tia glau, que os teus dedinhos estão em lugar privilegiado, e o teu quadrinho já esta numa parede, pra todo mundo ver. um dia vou ter uma instalação inteira sua na minha casa, e só esperar um pouco que logo logo eu to rica.

5 comentários:

Marina Vello disse...

Barbara Johns me contava vários bafos pra sua amiga Marina Cobain.

olha a frase mais mal feita.

Barbara Oeiras Santos disse...

hauhauhauhauhauahuhaa
a gente entende, foi o calor da emoção de tantas lembranças hauhauhauhauahuahuah

saudades da minha época de barbara johns...

Marina Vello disse...

né?
pra caralho!
mas foi emocionante mesmo escrever esse post!

Virginia de Ferrante disse...

me sinto excluida.
obrigada.

huahauhuahuhuaa

Último Trago disse...

Ei! Eu estva numa dessas visitas ao psicólogo! O holliwwod vermelho era meu, que minha mãe me dava e sua mãe me achou fumando no seu quarto. Foi quando ela passou a me odiar, rara. Ah! E ainda tenho uma carinha da Mary Cobain. Sim, eu, sempre chata e pegajosa, mas sempre com muita saudade da minha amiguinha de 14 anos. Descurpe